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Funcionários das unidades da Ford em Taubaté (SP) e Camaçari (BA), que serão fechadas de acordo com o plano estratégico anunciado na segunda (11) pela montadora, fizeram manifestações na porta das fábricas e cobraram ajuda de autoridades locais para evitar demissões em massa.
Na terça (12), os funcionários da planta de Taubaté, no Vale do Paraíba, definiram o início de uma vigília por tempo indeterminado, com a intenção declarada de impedir a entrada e a saída da fábrica, tanto de pessoas quanto de materiais. Grupos vão se revezar a cada seis horas.
Segundo estimativas do Sindicato dos Metalúrgicos, o fim das atividades da montadora de motores representa um impacto de cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos. A unidade emprega 830 trabalhadores diretos e 600 terceirizados. A prefeitura de Taubaté lamentou o fechamento da unidade da Ford na cidade e a dispensa dos funcionários.
Na fábrica de Camaçari, os trabalhadores se reuniram em assembleia, por quatro horas, no estacionamento da unidade, e depois se reuniram em frente da Prefeitura da cidade. Na região, 6 mil empregos diretos e indiretos devem ser fechados. Procurado, o prefeito Antônio Elinaldo (DEM) afirmou, por meio da assessoria, que todas as secretarias vão trabalhar para reduzir o impacto econômico que deve se estabelecer no município.