A crise energética no país tem provocado a discussão de grupos empresarias e entidades do setor elétrico sobre o retorno do horário de verão no Brasil, medida que foi interrompida em 2019, após decreto do presidente Jair Bolsonaro. Organizações das áreas de turismo e gastronomia já deram início a um movimento pedindo a volta da medida.
Agora, um documento elaborado por grupos do setor energético pede que o horário de verão seja novamente implementado de maneira emergencial, mesmo que a economia seja mínima. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a iniciativa é apoiada pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), ICS (Instituto Clima e Sociedade), Iei (International Energy Intiative), Mitsidi Projetos e Hospitais Saudáveis. O grupo diz que o horário de verão economizaria entre 2% a 3% no consumo de energia no início da noite, reduzindo o uso das termelétricas, medida que encarece o custo da eletricidade.
"O ganho é pequeno, mas nesse momento precisamos contar megawatt por megawatt", afirmou à publicação Luiz Eduardo Barata, ex-diretor do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que trabalha com as entidades ICS e Idec na avaliação da crise energética no Brasil. Em julho o presidente Jair Bolsonaro descartou a volta horário de verão, afirmando que não há ganho financeiro e a maioria dos brasileiros é contra porque mexe com o horário biológico das pessoas.