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Percepção de risco

Silêncio da Evergrande sobre pagamento devolve tensão aos mercados

Sede da Evergrande
Sede de construtora Evergrande, em Xangai. (Foto: Alex Plavevski/EFE/Gazeta do Povo)

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A incorporadora chinesa Evergrande voltou a provocar temores nos mercados financeiros após não se manifestar sobre a realização (ou não) de pagamentos de R$ 83,5 milhões em juros de títulos em dólar devidos pela empresa e que tinham vencimento neste quinta-feira (23).

A falta de comunicação sobre as providências para o pagamento ampliou a percepção de risco e impactou o mercado financeiro nesta sexta-feira (24), com a Bolsa brasileira (B3) e os principais índices da Europa operando em queda. Apesar do fim do prazo, a Evergrande ainda tem um período de carência de 30 dias após o qual o calote será confirmado.

Mais cedo nesta semana a empresa havia levado algum alívio aos mercados ao anunciar um acordo doméstico para o pagamento ao menos parcial da dívida, relacionado especificamente a títulos em iuanes, a moeda local. A tensão deve continuar na próxima semana, quando ocorrerá o vencimento de outros US$ 47,5 milhões em juros. No total, a companhia tem um passivo de US$ 300 bilhões e a informação sobre possíveis calotes preocupa os mercados pelo risco de a falência da gigante contaminar o ambiente econômico chinês.

Em tentativas de conter possíveis contágios, o governo chinês já fez ao menos duas injeções de capitais no sistema financeiro, mas não há informações sobre eventual socorro à companhia.

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