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O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, elevou nesta quarta-feira (14) a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para a faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. A votação foi unânime e a taxa atual é a maior desde 2007. Apesar de ser o sétimo aumento consecutivo, o resultado representa uma desaceleração do ritmo de alta, já que as mais recentes estavam em 0,75 ponto percentual.
O Fed também elevou a taxa de juros paga sobre saldo de reserva para 4,4% a partir desta quinta (15). Para o Fed, os aumentos nas taxas de juros são necessários para “atingir uma política monetária suficientemente restritiva”.
O objetivo, segundo o comunicado divulgado após a reunião, é apertar a política monetária para que a inflação volte ao patamar de 2% ao ano. “Determinando o ritmo de aumentos futuros para atingir o objetivo, o Comitê levará em consideração o aperto cumulativo da política monetária, as defasagens que impactam a atividade econômica e a inflação, além de desenvolvimentos econômicos e financeiros”, disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
O comunicado já enfatiza que a criação de empregos continua robusta e que o desemprego permanece baixo nos EUA. Além disso, o Fed vê um crescimento modesto tanto nos gastos quanto na atividade econômica. O banco central americano também vê a inflação permanecer elevada, refletindo os desequilíbrios econômicos remanescentes da pandemia de Covid-19, e aumentos de preços de alimentos e energia devido a "pressões" de fora do país.
"O comitê estará pronto para ajustar sua política monetária para ser proporcional aos riscos que possam surgir que possam impedir seus objetivos", acrescenta a nota. A inflação nos EUA em novembro ficou em 7,1% no acumulado em 12 meses, seis décimos de ponto percentual abaixo da medição feita em outubro, de acordo com dados divulgados nesta terça (14) pelo Escritório de Estatísticas Laborais (BLS).