Os fabricantes de supercarros com preços de US$ 300 mil ou mais costumam operar num ambiente à prova das recessões que atingem a indústria voltada aos mortais comuns.
Mas na semana que passou a Ferrari viu que até esta máxima tem seus limites. Tanto os lucros como as encomendas recuaram, derrubando as ações da companhia em até 6,9%. A entrega de novas unidades cresceu apenas 8% no segundo trimestre, contra 23% de janeiro a março. Segundo a Ferrari, as encomendas do modelo de entrada Portofino continuam a puxar as vendas, mas houve menos pedidos de unidades mais luxuosas, como o 488 GTB.
Os resultados da fabricante italiana são, ainda assim, melhores do que a média da indústria automobilística. O setor enfrenta desaceleração em meio às tensões comerciais e à necessidade de gastos maiores no desenvolvimento de carros elétricos. Para impulsionar os lucros, a Ferrari aposta em edições-limitadas de carros esportivos e lançamento de cinco novos modelos nos próximos meses.