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O fim do auxílio emergencial pode significar obstáculos à recuperação econômica em meio à crise provocada pela pandemia da Covid-19. A declaração foi dada pela diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kristalina Georgieva ao falar sobre o benefício pago pelo governo federal a trabalhadores informais em entrevista à Folha publicada nesta quarta (16).
De acordo com a diretora, o auxílio emergencial evitou que o número de brasileiros na linha da pobreza aumentasse no período. "O que estava se formando eram 30 milhões de pessoas a mais na pobreza. Isso foi contido devido a esse tipo de política de suporte de emergência. Portanto, a preocupação número um é que a pobreza aumente —vimos o desemprego no Brasil aumentar", disse Georgieva, ao afirmar que "retirar o apoio poderia significar um obstáculo para a recuperação" do Brasil.
"[...] Cortar essa corda de salvamento prematuramente é um perigo para a pobreza e a desigualdade e também para o sucesso na recuperação mais rápida e robusta. Nossa estimativa é de que um total de 24 milhões de brasileiros poderiam ficar em extrema pobreza sem apoio", completou.
