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No semestre em que a economia global foi marcada pela pandemia do coronavírus, os imóveis residenciais no Brasil surpreenderam e apresentaram valorização. É o que mostra o Índice Fipezap, pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios do portal Zap Imóveis. Segundo o levantamento, os preços pedidos subiram em média 1,1% no primeiro semestre, batendo a inflação (medida pelo IPCA) projetada para o mesmo período, de apenas 0,08%. Na prática, isso aponta para uma alta real de 1,03%. No mês de junho, os preços pedidos cresceram 0,18%. E no acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 0,81%. Com esses resultados, o preço médio pedido por metro quadrado no país atingiu R$ 7.307 em junho. Os valores mais altos estão no Rio de Janeiro (R$ 9.323), São Paulo (R$ 9.132) e Brasília (R$ 7.491). O coordenador do Índice Fipezap, Eduardo Zylberstajn, avalia que, embora a pandemia tenha causado uma paralisação da economia, redução da renda de milhões de brasileiros e postergação de negócios, uma outra parte dos consumidores ainda vê sentido em trocar o aluguel pela casa própria, e pode contar com os juros mais baixos da história para financiar uma aquisição. Zylberstajn acredita ainda que o preço dos imóveis continuará acima da inflação neste segundo semestre, ou seja, manterá a trajetória de valorização.