O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou em mais de metade a previsão de crescimento econômico da América Latina em 2019. Em vez da expansão de 1,4%, estima-se agora que o PIB da região deverá crescer apenas 0,6%, com recuperação projetada para 2020, quando poderá chegar a 2,3%.
Para o Brasil, a redução foi de 2,1%, na previsão de abril, para 0,8% agora.
A atualização de julho do relatório sobre as Perspectivas da Economia Mundial fala em “redução notável” da atividade econômica devido a questões idiossincráticas de vários países. O relatório cita o clima de de incerteza quanto às reformas estruturantes no Brasil, a “implosão econômica e a crise humanitária” na Venezuela, os baixos índices de consumo e a fraca confiança para investimentos no México, além da contínua retração na Argentina, ainda que em um ritmo menor.
Segundo o FMI, a economia global deverá crescer 3,2%, neste ano, uma expansão 0,1% menor do que a prevista no mês de abril. Entre os motivos, está o aumento de 10% para 25% das tarifas impostas pelos EUA a US$ 200 bilhões em produtos da China, seguido de retaliações do país asiático. Também houve reflexos negativos do Brexit e das tensões geopolíticas na região do Golfo. “O crescimento projetado para 2020 (3,5% em termos globais) é precário e presume uma estabilização dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento, assim como progresso na resolução de disputas comerciais”, diz o relatório.