O Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu temporariamente o acordo com a Argentina, devido à incerteza econômica e política pela qual o país passa. "O FMI trabalhara para uma eventual retomada das relações, mas isso poderá levar um tempo", disse o diretor-gerente interino do fundo, David Lipton, à rádio Bloomberg. Ele acrescentou que a situação é complexa.
Segundo o jornal argentino Clarin, os comentários de Lipton são a indicação mais clara de que o acordo recorde com o FMI, de US$ 56 bilhões, parece estar congelado, incluindo um desembolso de US$ 5,4 bilhões, que está aprovado desde o dia 15.
O acordo sofreu um duro golpe quando o presidente Maurício Macri perdeu as eleições primárias em agosto para o oposicionista Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice. A derrota de Macri desencadeou uma crise monetária que obrigou a Argentina a implantar controles de capital e medidas que violariam o acordo com o FMI.