Parte dos gastos provocados com o apagão no Amapá serão bancados por consumidores de todo o Brasil após um incêndio na subestação na capital Macapá interromper o fornecimento de energia em grande parte do estado. O montante será usado para contratação emergencial de usinas térmicas para restabelecimento do serviço no estado depois do desligamento da linha de transmissão e das usinas que abastecem a região.
Os custos serão embutidos na conta de luz por meio do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que serve para manter a estabilidade do sistema elétrico. Entre os consumidores estão aqueles atendidos pelas distribuidoras, como os residenciais, e pelos que operam no chamado mercado livre, como indústrias. O saldo dependerá da quantidade de energia, do tempo que esse acionamento será necessário e do custo do combustível que será usado pelas usinas.
A medida está prevista na portaria publicada pelo Ministério de Minas e Energia na última sexta-feira (6). O ministério autorizou a empresa a contratar "de forma célere, excepcional e temporária" até 150 MW por até seis meses ou quando houver reconhecimento de condição satisfatória de atendimento ao estado. O Tribunal de Contas da União (TCU) vai apurar se houve algum tipo de omissão do poder público no incidente que levou ao apagão no Amapá.