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O executivo Carlos Ghosn afirmou que "esperava mais ajuda do governo brasileiro" durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (8) em Beirute, para onde fugiu no final de dezembro. Ele tem nacionalidade brasileira (onde nasceu, em Porto Velho), libanesa (onde foi criado pela mãe) e francesa (onde cursou universidade e ganhou notoriedade como executivo). À imprensa, Ghosn lembrou que, quando questionado sobre o assunto, o presidente Jair Bolsonaro frisou que não queria atrapalhar as autoridades japonesas - que acusam o ex-CEO da Renault-Nissan de fraudes financeiras. O executivo disse, no entanto, respeitar a posição do presidente. Desde abril de 2019, quando Ghosn foi para a prisão domiciliar em Tóquio, a família do executivo buscava apoio internacional para sua defesa, mas o apoio mais claro veio apenas do Líbano. Assim como o Brasil, a França também optou por uma posição mais neutra no caso.