Presidente do PT diz que há um falso discurso de risco fiscal e que o Banco Central “corrobora com a mentira” do mercado.| Foto: YouTube/reprodução
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A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), subiu o tom das críticas ao mercado financeiro e ao Banco Central por conta da manutenção da taxa básica de juros a 13,75%, que vem sendo constantemente abordada em discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e integrantes do governo.

Em um pronunciamento no ato de comemoração ao aniversário do partido na noite desta segunda (13), Gleisi disse que há um discurso “mercadocrata dos ricos” de que o país vive um risco fiscal, e que o Banco Central “corrobora com [essa] a mentira, impondo um arrocho de juros elevados ao Brasil”.

A parlamentar afirmou que é preciso enfrentar esse “mercado antiquado, atrasado que não percebeu ainda as mudanças internacionais. E nos temos de parar de ter medo de debater política econômica, seja ela monetária, fiscal ou cambial e tentar nos acomodar ao que eles querem ou pensam”.

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“Não há técnica nem razão inquestionável nas decisões econômicas se elas não estiverem consoantes com as grandes decisões políticas, aquelas que emanam da vontade soberana da maioria da população. Se a prioridade do país é o crescimento e a geração de empregos e oportunidades, é neste sentido que deve caminhar a política econômica”, completou.

A fala veio horas depois do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmar que concluiu os primeiros projetos de correção parcial da tabela do Imposto de Renda e do programa Desenrola, de renegociação de dívidas, na reunião do diretório nacional do PT. De acordo com ele, as propostas já estão na mesa do presidente Lula e devem ser apresentadas até a próxima semana.

Também nesta segunda (13), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a reforma tributária deve sair até o final do ano e será uma “vacina econômica” que vai influenciar em toda a política econômica e fiscal do governo.