O Tesouro Nacional anunciou nesta terça-feira (29) que o Governo Central registrou superávit primário de R$ 30,801 bilhões. Em valores nominais, este é o terceiro maior superávit para o mês desde o início da série histórica em 1997. Com o resultado de outubro, as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central fecharam os dez primeiros meses do ano com resultado positivo de R$ 64,438 bilhões.
Ao corrigir os valores pela inflação, esse é o melhor resultado para o período desde janeiro a outubro de 2012. O resultado veio melhor que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado positivo de R$ 29,3 bilhões em outubro. O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.
A meta para este ano é de déficit de até R$ 170,5 bilhões. Apesar da possibilidade de déficit nos próximos meses, a equipe econômica estima que o Governo Central fechará o ano com superávit primário de R$ 23,36 bilhões, o primeiro resultado positivo anual desde 2013. Existe a possibilidade de o superávit superar a estimativa e encerrar 2022 em R$ 38,7 bilhões, segundo a própria equipe econômica.
As receitas continuam crescendo em quase igual ao das despesas. No último mês, as receitas líquidas cresceram 9,5% em relação a outubro do ano passado em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o crescimento atingiu 2,8%. No mesmo período, as despesas totais subiram 9,8% em valores nominais, mas caíram 3,1% após descontar a inflação. Com informações da Agência Brasil.