O Ministério da Economia deve realizar um corte de R$ 10 bilhões a R$ 20 bilhões no Orçamento do próximo ano. A decisão será tomada com base no aumento de despesas obrigatórias, principalmente por causa da alta da inflação, de acordo com a Folha. No segundo semestre a inflação acelerou e, a expectativa do mercado, é de que o IPCA suba para cerca de 4,4% no fim do ano. O cálculo, ainda preliminar, é feito para que o governo cumpra o teto de gastos em 2021. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem defendido que será cumprido, sob o risco da flexibilização causar fuga de investidores, comprometendo a retomada da economia.
Técnicos da pasta trabalham discutem de quais áreas precisará tirar verba para acomodar o aumento de despesas obrigatórias, como aposentadorias e benefícios sociais. A decisão, contudo, deve ser feita em diálogo com o Congresso. Em meio à disputa política, os parlamentares ainda não votaram o Orçamento de 2021. A expectativa é de que seja feito em fevereiro, depois da eleição para os presidentes da Câmara e do Senado.