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O chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, espera que, ao longo do ano, o mercado reestime as projeções de crescimento da economia. Atualmente, o piso médio das expectativas para o PIB em 2022 está em 0,3%, segundo o relatório Focus, do Banco Central. A Secretaria de Política Econômica projeta uma expansão de 2,1% e deverá anunciar uma nova projeção daqui a duas semanas, quando for divulgado o Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia.
“É importante seguirmos com a agenda de consolidação fiscal e de reformas pró-mercado”, diz Sachsida. Segundo ele, a intensificação das medidas estruturais pode levar a uma atração de mais investimentos internacionais e garantir um real mais forte.
Estes fatores, diz ele, possibilitaram o crescimento do PIB de 4,6% na economia no ano passado, melhor que seis de sete países do G7, mesmo diante de um quadro de problemas climáticos no Brasil, a pior crise hídrica em 91 anos, disrupção nas cadeias produtivas e a pandemia.
Segundo ele, o Brasil – no atual cenário – precisa se mostrar como um porto seguro para o investimento estrangeiro, fortalecendo os mercados de capitais e de crédito e garantindo a privatização de estatais como os Correios e a Eletrobrás. “Contamos com a parceria do Congresso”, complementou.