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Meio ambiente

Governo lança atlas da conversão do lixo em energia para impulsionar geração renovável

Atlas de Recuperação Energética de Resíduos Sólidos
Atlas anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente promete incentivar geração de energia a partir do lixo urbano. Na imagem, o antigo Lixão da Estrutural, em Brasília, fechado em 2018. (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado/Fotos Públicas)

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O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou nesta quarta-feira (8) o lançamento de um levantamento que pretende alavancar a geração de energia elétrica a partir do lixo gerado nas cidades. O Atlas de Recuperação Energética de Resíduos Sólidos reúne informações sobre a estrutura já existente no país e mapeia o potencial de investimento no setor, de modo a orientar políticas públicas e estratégias para o aproveitamento energético de resíduos.

A ferramenta digital, que deve entrar no ar nas próximas semanas, foi elaborada pelo ministério em parceira com quatro associações que integram a Frente Brasil para a Recuperação Energética de Resíduos (FBRER) no âmbito do programa Lixão Zero, aprovado em 2019 e focado no encerramento desse tipo de equipamento e na disposição final ambientalmente adequada do lixo urbano.

Ao comentar o lançamento do Atlas, que mapeia as regiões com maior potencial de aproveitamento do lixo para geração energética, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, comemorou: "nada melhor do que transformar aquilo que nós vemos hoje como um problema (que são os resíduos sólidos e os lixões a céu aberto, que estão sendo eliminados) em uma oportunidade de geração de energia; transformar um aterro em um posto de combustível, combustível que é a energia elétrica". Ainda de acordo com Joaquim Leite, o Atlas oferece as diretrizes para que o governo estabeleça as políticas para alcançar a meta de redução de 30% das emissões de metano até 2050, compromisso assinado pelo país durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26).

O anúncio foi feito durante evento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre os desafios da geração de energia elétrica a partir de Resíduos Sólidos Urbanos. Conforme a reguladora, apenas 0,1% da geração atual provém dessa fonte, que se resume a 31 empreendimentos outorgados pela Aneel e uma potência instalada de pouco mais de 220 megawatts - a grande maioria no estado de São Paulo.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre, uma das integrantes da Frente), o país produz cerca de 80 milhões de toneladas de resíduo sólido urbano a cada ano, a metade em matéria orgânica. Caso fossem integralmente aproveitados na geração de energia, esses descartes produziriam eletricidade equivalente a 3% do consumo nacional, o suficiente, por exemplo, para abastecer todo o estado de Pernambuco.

O país tem atualmente 2.612 lixões em funcionamento; desde 2019, 645 estruturas do tipo foram encerradas segundo o MMA, passando a outras destinações.

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