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Os ministérios do Planejamento e da Fazenda elevaram a expectativa de inflação neste ano de 5,31% para 5,58% e aumento do déficit primário do governo para R$ 136,2 bilhões, de acordo com um relatório apresentado nesta segunda (22).
A projeção aponta um aumento de R$ 28,6 bilhões no rombo das contas públicas na comparação com o relatório apresentado há dois meses, e vai alcançar o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Com isso, as pastas indicaram a necessidade de bloquear R$ 1,7 bilhão em despesas discricionárias (investimentos ou custeio) para conseguir cumprir o teto de gastos, contra uma folga estimada em R$ 13,6 bilhões em março. O detalhamento dos ministérios afetados pelo contingenciamento será divulgado até o fim do mês.
Com as novas estimativas, a meta fiscal para o ano teve um ajuste de R$ 234 bilhões para R$ 238 bilhões de déficit (2,2% do PIB), os quais o ministro Fernando Haddad pretende diminuir cerca de R$ 100 bilhões com medidas de recomposição de receitas e corte de gastos.
Por outro lado, o governo elevou a estimativa de crescimento do PIB de 1,61% para 1,91% no ano.