O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende acoplar uma redução maior do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) para firmas de todo país a um corte de subsídios tributários, usados por grandes conglomerados. A iniciativa deve provocar um conflito entre milhares de empresas brasileiras e as poucas gigantes de bebidas, construtoras e petroquímicas. A informação foi divulgada pelo jornal Estadão.
A proposta do governo, apresentada em junho ao Congresso, prevê queda na alíquota do IRPJ de 5 pontos porcentuais de 25% para 20% em dois anos. Mas o ministro já estaria dando como certa a redução de 5 pontos de uma vez só, já a partir de 2022.
A equipe econômica tem expectativa de um corte de 7,5 pontos percentuais (a alíquota cairia para 17,5%) no IRPJ, com a retirada de R$ 20 bilhões em subsídios dados a poucas empresas dos setores de bebidas, empreiteiras e petroquímicas. Entretanto, Guedes deseja que o corte alcance até R$ 40 bilhões em subsídios já neste ano. Esse movimento permitirá reduzir o IRPJ de todas as empresas em até 10 pontos. Com isso, a alíquota seria reduzida para 15%.