O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (1º) que manter o Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023 depende de questões políticas. Nesta quarta (31), o governo federal enviou ao Congresso a proposta de Orçamento de 2023 com a previsão do auxílio no valor de R$ 405.
"Dentro da responsabilidade fiscal, gerando superávit, nós conseguimos pagar o auxílio de 600. Então é evidente que nós vamos pagar… O que garante o pagamento é a política. A decisão política", disse o ministro após um evento realizado no Rio de Janeiro, informou o Estadão.
"A Câmara já aprovou o imposto sobre lucros e dividendos, isso daria R$ 69 bilhões. Ou seja, dá perfeitamente para fazer um reajuste de tabela de imposto de renda de R$ 17 bilhões mais os R$ 52 bilhões do auxílio", continuou. Guedes sinalizou que esta seria uma solução "estrutural e permanente".
O ministro também ressaltou que, caso a Guerra na Ucrânia continue, é possível manter o valor de R$ 600 de forma temporária para o próximo ano com a adoção do estado de calamidade pública. "É evidente que nós vamos pagar. Tem uma solução temporária. Se a guerra da Ucrânia continua, prorroga o estado de calamidade e aí você continua com R$ 600", disse o ministro.
O governo determinou um estado de emergência através de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para garantir o valor atual do benefício até dezembro deste ano.