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O ministro da Economia, Paulo Guedes, questionou nesta quarta-feira (21) o número de brasileiros em situação de insegurança alimentar. "Isso são fatos econômicos, não adianta. A tática política é de barulho: 33 milhões de pessoas passando fome. É mentira, é falso. Não são esses os números", afirmou.
O ministro se referia ao levantamento divulgado em junho pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional que apontou que cerca de 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer diariamente no Brasil. Guedes afirmou que com os programas de transferência de renda o “consumo dos mais frágeis está garantido”.
"O consumo dos mais frágeis está garantido com a transferência de renda. Por isso, é impossível que tenha 33 milhões de pessoas passando fome. Elas estão recebendo três vezes mais do que recebiam antes. E mesmo que tenha tido inflação e aumento de preço, não multiplicou por três, então o poder de compra está mais do que preservado", afirmou.
Guedes fez a declaração durante um evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo. "É impossível ter 33 milhões de pessoas passando fome. Por mais que tenha havido inflação, não foi 3 vezes mais. O poder de compra está mais do que preservado por essa nova transferência de renda", disse ainda durante o evento.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) também já questionou os dados do levantamento. No final de agosto, o mandatário afirmou em um podcast que "esse discurso de 30 milhões passando fome, não é verdade" e que não existe "fome para valer" no Brasil.
"Olha só, fome no Brasil, fome para valer, não existe da maneira como é falado. O que é a extrema pobreza? É ganhar até US$ 1,9 por dia, isso dá R$ 10. O Auxílio Brasil são R$ 20 por dia, então quem porventura está no mapa da fome pode se cadastrar e vai receber, não tem fila o Auxílio Brasil", disse Bolsonaro.