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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que sem o parcelamento da dívida dos precatórios o Brasil corre o sério risco de paralisar o funcionamento dos órgãos públicos, incluindo o pagamento dos salários do funcionalismo. O alerta foi feito durante entrevista para o jornal Valor Econômico. Ele defendeu novamente o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e negou que o fracionamento seja uma manobra para financiar o Auxílio Brasil, novo programa social do governo federal. “O espaço que eu tenho neste ano, entre despesas obrigatórias e o teto de gastos, é de R$ 96 bilhões. Pegaram despesa de precatório de R$ 55 bilhões em 2021 e passaram para R$ 90 bilhões em 2022. Sem a solução que estamos propondo, ninguém recebe salário no setor público, nem ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Portanto, não se trata de acomodar despesas para pagar o novo Bolsa Família”, afirmou Guedes, refutando a ideia de que a medida seja um calote aos detentores de grandes dívidas reconhecidas judicialmente. “Demos previsibilidade para garantir o recebimento dos precatórios a quem tem esse direito”, afirmou.