O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria tentando convencer o atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Marcos Troyjo, a renunciar ao cargo para indicar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), segundo informações do jornal Valor Econômico. O mandato de Troyjo vai até 2025.
A troca no comando da instituição conhecida como Banco do Brics, grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, seria por conta das relações exteriores que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer estabelecer com as nações.
A presença de Troyjo no cargo, dizem integrantes da Fazenda, criou uma “saia justa” na relação com o Brasil, já que ele foi indicado pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. O presidente do NBD é também um crítico de Lula.
Segundo apuração do jornal, Haddad já teria conversado com ele pelo menos duas vezes, mas Troyjo resiste à ideia de renunciar ao cargo, o que levaria o Brasil a propor uma destituição aos demais países-membros do banco. Ele não respondeu aos pedidos de informações.
Já a assessoria de Dilma Rousseff afirmou que a possível indicação ao cargo não passa de especulação. Ela teria sido resistente em um primeiro momento, já que a sede do NBD fica em Xangai, na China. No entanto, mudou de ideia devido à conjuntura econômica atual.