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A reforma tributária e o novo arcabouço fiscal são as duas prioridades do Ministério da Fazenda neste começo de governo, disse o ministro Fernando Haddad durante uma reunião com a mesa diretora da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na manhã desta segunda (30).
A nova política econômica, prometida desde o fim do ano passado durante a elaboração e aprovação da PEC fura-teto, faz parte de uma agenda que inclui, ainda, ações na área regulatória para novos investimentos privados e melhoria na concessão de crédito no país.
“Será um governo de alta intensidade do ponto de vista das reformas necessárias para fazer esse país andar”, disse reconhecendo que ainda há uma “certa ansiedade de respostas para tudo como se, em 30 dias, tivéssemos de dar conta de todos os problemas herdados do passado recente e do passado longínquo”.
Haddad afirmou que tem sofrido pressão diária para o andamento das políticas econômicas do governo, e que a aprovação da reforma tributária e do novo arcabouço fiscal vai “pacificar o Brasil num front delicado”. De acordo com ele, essas ações precisam ser tomadas no “curtíssimo prazo” para que o governo consiga formular um planejamento mais estratégico de desenvolvimento “que o Brasil não tem há muito tempo”.
De acordo com o ministro, há uma “enorme oportunidade” de crescente interesse de empresas de outros países investirem no Brasil com o avanço destas três agendas de governo, principalmente na geração de energia limpa e sustentável. “Isso pode ser um forte componente de atração de investimentos estrangeiros no Brasil e de reindustrialização do capital nacional se tomarmos algumas medidas centrais para pensar o reposicionamento da indústria na nossa economia”, disse Haddad aos industriais.
Por fim, Haddad afirmou que vai tocar adiante as reformas que venham a ser sugeridas pelo Banco Central e que está aberto a receber sugestões e projetos da Fiesp e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para se diminuir o spread bancário (diferença entre o que o banco paga a um poupador ou investidor e quanto cobra para emprestar o dinheiro) e aumentar a concorrência – como os “bons resultados” com o avanço das fintechs e cooperativas no mercado.