Um dia depois de confirmar a volta dos impostos sobre a gasolina e o etanol, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou as críticas que eram feitas a ele pela ala política do governo sobre a medida tomada pela equipe econômica.
A fala, dada em uma entrevista ao UOL nesta quarta (1º), foi direcionada especialmente à presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que se dizia contra a reoneração até a semana passada, mas mudou o discurso após o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em uma postagem no Twitter no final da tarde de terça (28), Gleisi disse que o presidente Lula “teve sensibilidade para diminuir o impacto da reoneração de combustíveis no bolso do consumidor”.
“O importante é que ela defendeu a decisão do presidente Lula, que era o que eu esperava da parte dela, que é uma pessoa que tem opiniões fortes, mas que sabe que a decisão final, quem arbitra os conflitos de posições dentro e fora do governo, é o presidente da República”, disse Haddad ao UOL.
O aval do presidente Lula à reoneração dos combustíveis foi considerado por analistas como uma vitória de Haddad, ao que ele emendou dizendo que “ministro da Fazenda não ganha todas. Aliás, perde a maioria”.