Indicadores da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Banco Central (BC) divulgados na quinta-feira (15) sugerem que a atividade econômica está retornando aos níveis anteriores à pandemia de Covid-19, ainda que os números acumulados no ano ainda sejam ruins. O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE), elaborado por FGV e The Conference Board, subiu 1,2% na passagem de agosto para setembro e chegou a 121,9 pontos, 1,9 ponto acima do nível de fevereiro. O IACE agrega oito componentes e busca antecipar tendências.
“O balanço de riscos entre saúde e produção vem se deslocando no sentido favorável à continuidade da retomada econômica”, disse, em nota, o economista Paulo Picchetti, da FGV. Embora o pior tenha ficado para trás, ele destacou que o aumento de ritmo "ainda está mais presente nas expectativas do que nos indicadores atuais”.
Um pouco mais defasado, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo Banco Central, avançou 1,06% de julho para agosto. Foi a quarta alta seguida. Com isso, a atividade superou em 1,8% o nível de março, mas ainda ficou 4,2% abaixo do patamar de fevereiro. No acumulado o IBC-Br ainda exibe queda de 5,4% no ano e 3,1% em 12 meses.