O Brasil foi o quarto maior receptor de investimentos diretos privado no mundo no ano passado, atrás dos Estados Unidos, China e Canadá, segundo levantamento divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Foram US$ 50 bilhões que entraram no país no ano passado, um crescimento de 78% em relação a 2020. O maior fluxo ocorreu no terceiro trimestre.
Foi um crescimento menor que o fluxo mundial de investimento mundial. No ano passado foram movimentados US$ 1,82 trilhão, 88% a mais do que em 2020 e 37% acima dos níveis pré-pandemia. “Entretanto, o panorama permanece incerto dado o atual contexto geopolítico”, informa nota da entidade. No Brasil, o fluxo de investimentos diretos ainda não voltou aos níveis pré-pandemia. Ainda estão 23% abaixo do registrado em 2019.
Os números estão próximos dos apresentados pelo Banco Central, que calcula que o investimento direto no país foi de US$ 46,4 bilhões. Mas o crescimento projetado pela OCDE é maior. O BC aponta que os números de 2021 são 22,9% maiores dos que os verificados em 2020 e também abaixo dos níveis pré-pandemia.
Já um número prévio da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) sinalizou, em janeiro, para a destinação de US$ 58 bilhões ao Brasil, mais do que o dobro do registrado em 2020. Os números definitivos devem ser divulgados no final de junho.