Os investimentos produtivos anunciados no país somaram R$ 117,7 bilhões no período entre 1.º e 25 de setembro, segundo monitoramento do departamento de pesquisas econômicas do Bradesco. A maior parte desse valor se refere a planos de construção de ferrovias: foram dez anúncios nessa área, que totalizam R$ 80,7 bilhões a serem desembolsados nos próximos anos, conforme relatórios do banco.
Os projetos foram encaminhados ao governo federal após a mudança no marco regulatório do setor. Uma medida provisória publicada no fim de agosto permitiu a construção de ferrovias por autorização, dispensando a necessidade de processo de concessão. Com isso, em poucas semanas o Ministério da Infraestrutura recebeu 14 pedidos de autorização.
Os maiores anúncios em transporte ferroviário, segundo o Bradesco, foram da Ferroeste (R$ 24,3 bilhões), Macro Desenvolvimento (R$ 14 bilhões), Rumo (R$ 12 bilhões), VLI (R$ 12 bilhões), Grão Pará (R$ 6,5 bilhões), Bemisa (R$ 5,7 bilhões) e Planalto Piauí Participações (R$ 5,7 bilhões).
Em outras áreas, o maior anúncio do mês foi o da mineradora CBMM, que vai aplicar R$ 7 bilhões na ampliação da capacidade produtiva de nióbio em Araxá (MG), que com isso vai aumentar de 150 mil para 210 mil toneladas anuais ao fim de cinco anos. A CBMM é líder mundial na produção desse mineral.
Outro destaque foi o anúncio de R$ 5,2 bilhões feito pela alemã Sowitec. A empresa vai construir dois empreendimentos de geração solar fotovoltaica e um de fonte híbrida (solar e eólica) no norte de Minas Gerais.
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por sua vez, comunicou o plano de investir R$ 5 bilhões em 48 projetos relacionados a ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês) até 2030. Cinco desses projetos são para a redução de emissões, com geração de energia renovável, reforma de central termelétrica e outros.