A JBS pagou um resgate de US$ 11 milhões em bitcoin aos hackers que interromperam temporariamente o funcionamento de algumas de suas fábricas na semana passada, de acordo com o CEO da companhia nos Estados Unidos, Andre Nogueira. Segundo o executivo, o pagamento visou proteger as instalações e limitar o impacto potencial do ataque cibernético sobre restaurantes, mercearias e fazendeiros que dependem da JBS.
O ataque à JBS fez parte de uma onda de ofensivas "ransomware", em que os criminosos bloqueiam o acesso da empresa ao sistema infectado e cobram um resgate multimilionário para a liberação. A JBS chamou fornecedores de tecnologia que já haviam trabalhado com a empresa, bem como especialistas em segurança cibernética e consultores que começaram a negociar com os invasores.
Na semana passada, o FBI atribuiu o ataque ao REvil, uma gangue criminosa de "ransomware". Nogueira disse que a JBS e empresas externas estão conduzindo análises forenses de seus sistemas de tecnologia da informação e que ainda não está claro como os invasores acessaram os sistemas. Nogueira disse que a empresa está confiante de que nenhum cliente, fornecedor ou dado de funcionário foi comprometido no ataque, com base em sua análise forense.