O juiz João de Oliveira Filho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), revogou nesta sexta-feira (18) a decisão que afastava Sidnei Piva do comando do grupo Itapemirim, que está em recuperação judicial. O magistrado aponta que houve extrapolação de competência da primeira instância e que o afastamento do empresário da presidência ia na contramão de como o tribunal superior se posiciona nesses casos.
A decisão inicial atendeu a uma representação criminal de Camilo Cola Filho, herdeiro da empresa. Ele alegou que Piva cometeu condutas ilícitas que lesaram consumidores, fornecedores, colaboradores e credores, por meio da operação da Itapemirim Transportes Aéreos (ITA). Em fevereiro, a juíza Luciana Menezes Scorza, do Foro Criminal da Barra Funda, determinou o afastamento de Piva das funções. O empresário também deveria ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
No dia 17 de dezembro de 2021, a empresa suspendeu todas as operações da ITA, deixando passageiros sem voos em todo o país. Na ocasião, o grupo informou que a paralisação era temporária, motivada por uma reestruturação interna.
Após os problemas no transporte aéreo, a Itapemirim anunciou também, no final de dezembro, que iria retirar linhas de ônibus e reduzir a quantidade de cidades atendidas em suas rotas rodoviárias. O conglomerado está em recuperação judicial desde 2016. Em janeiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu que a Itapemirim retomasse a comercialização de passagens aéreas. Com informações da Agência Brasil.