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A Justiça de São Paulo determinou que o empresário Sidnei Piva seja destituído de qualquer cargo durante o processo de recuperação judicial do Grupo Itapemirim. A juíza Luciana Menezes Scorza, do Foro Criminal da Barra Funda, também ordenou que Piva passe a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. O processo contra o empresário é movido pela família Cola, fundadora do conglomerado de transporte. Na ação, a família Cola pede a prisão de Piva, mas a juíza decidiu por medidas cautelares enquanto o Ministério Público de São Paulo não finaliza a investigação.
"Há indícios suficientes de materialidade e autoria delitivas dos crimes falimentares, estelionatos, lavagem de dinheiro e possível organização criminosa imputados ao averiguado Sidnei Piva dos Santos, restando inegável a gravidade dos crimes que lesionaram inúmeras pessoas", escreveu a juíza na decisão. Piva deverá comparecer mensalmente à Justiça para informar e justificar suas atividades, entregar seu passaporte Além disso, ele está proibido de sair do território nacional sem autorização judicial.
O empresário é acusado de desviar recursos dos credores para criar e financiar empresas paralelas, como a ITA Transportes Aéreos. De acordo com a decisão, no dia em que a aérea suspendeu as atividades, foi identificado um desvio de R$ 4,8 milhões. Segundo o Estadão, o advogado José Carlos Ricardo, que representa Sidnei Diva, afirmou que a defesa está preparando um mandado de segurança para derrubar a decisão.