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O grupo Latam não pretende se desfazer de sua operação no Brasil, de acordo com o presidente da empresa no Brasil, Jerome Cadier. "Não há nenhuma intenção de separar a operação Brasil do grupo. A força da Latam está na complementaridade das operações (nos diferentes países). Separar não faz sentido econômico para o grupo", disse em entrevista ao Estadão.
A declaração foi feita após a Azul informar que a consolidação do setor é uma "tendência" no pós-pandemia e que está em "uma posição forte para conduzir um processo nesse sentido", em uma sinalização de que está interessada em comprar a concorrente.
Também na segunda, a Latam anunciou que encerrou o acordo de compartilhamento de voos com a Azul, chamado de codeshare. Afirmou ainda que não houve conversas para vender a empresa.
Um rumor chegou a circular no mercado de que a Azul queria ficar com uma parte de sua concorrente. Uma eventual aquisição, no entanto, poderia enfrentar resistência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pois a empresa resultante concentraria mais de 60% do mercado.
A Latam pretende contratar 750 tripulantes até dezembro - no ano passado, 2,7 mil foram demitidos -, ampliar a frota de cargueiros de 11 para 21 e receber mais sete aviões para o transporte doméstico de passageiros.