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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu uma tributação maior sobre os lucros da Petrobras. Em artigo escrito ao jornal Folha de S. Paulo, ele também chamou a estatal de "criança mimada" e seu atual presidente, José Mauro Ferreira Coelho, de "ilegítimo".
Lira não poupou críticas à Petrobras e Coelho nos últimos dias após a estatal anunciar novo reajuste sobre os combustíveis. No artigo publicado neste domingo (19), ele fala em "tirar a máscara" da estatal e fala que sua presidência foi "sequestrada por um presidente ilegítimo" que não "representa o acionista majoritário", o governo federal, e que "pratica o terrorismo corporativo como vingança pessoal contra o presidente da República", Jair Bolsonaro (PL).
O presidente da Câmara nega o desejo por intervenção ou confronto, mas prega "respeito da Petrobras". "Se a companhia decidir enfrentar o Brasil, ela que se prepare: o Brasil vai enfrentar a Petrobras. E não é uma ameaça. É um encontro com a verdade", destaca no artigo. Lira critica o que chama de "capitalismo selvagem e voraz" da petroleira e fala em "abandoná-la à sua própria sorte".
Ao fim do artigo, Lira chama a Petrobras de "criança mimada" que historicamente é tratada com "excessiva complacência" e defende a tributação aos lucros da petroleira. "Ela tem o direito de lucrar astronomicamente? Então a sociedade tem o dever de tributar mais os seus lucros, tratá-la com distanciamento", destacou.