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O Conselho Curador do FGTS aprovou na terça-feira (17) a distribuição, aos cotistas, de 96% do lucro registrado pelo Fundo no ano passado. O dinheiro será depositado nas contas vinculadas até o fim deste mês.
Receberão parte do lucro os trabalhadores que tivessem algum saldo em suas contas de FGTS em 31 de dezembro de 2020. Segundo a Caixa, 88,6 milhões de brasileiros estão nessa situação. O valor distribuído passa a compor o saldo da conta e segue as mesmas regras de saque do Fundo – em caso de demissão sem justa causa, aposentadoria, compra ou amortização de imóvel, doença grave, saque aniversário (para quem aderiu a essa modalidade), entre outras.
Segundo o governo, o lucro do FGTS no ano passado foi de R$ 8,47 bilhões, dos quais cerca de R$ 8,13 bilhões serão distribuídos aos cotistas. É a segunda maior distribuição, atrás apenas da realizada em 2019 (que repassou os resultados de 2018), quando 100% do lucro de R$ 12,2 bilhões foi depositado nas contas dos trabalhadores.
O valor depositado em cada conta será proporcional ao saldo dela ao fim de 2020. O índice a ser aplicado será de 0,01863517 – cada trabalhador terá direito, portanto, a aproximadamente 1,86% do valor que tinha em sua conta.
Para saber qual o valor do depósito que será feito automaticamente até dia 31 de agosto, o trabalhador deve consultar seu saldo de FGTS ao fim de 2020 – por meio do aplicativo do FGTS, no site da Caixa ou no internet banking do banco, caso seja cliente) e multiplicá-lo por 0,01863517.
Para um saldo de R$ 1 mil, por exemplo, a distribuição de lucros será equivalente a R$ 18,63 (em valores aproximados). Quem tinha R$ 5 mil receberá R$ 93,17. Um saldo de R$ 20 mil dará direito a R$ 372,70. E assim por diante.
Segundo a Caixa, a distribuição do lucro fará com que a rentabilidade do FGTS no ano-base de 2020 alcance 4,92%, acima da inflação medida pelo IPCA (4,52%) e da rentabilidade da poupança (2,11%) no ano passado.