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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de "sacanagem" trechos da privatização da Eletrobras. O governo tem quase 43% de participação no capital da empresa, entretanto, com o modelo de desestatização, o poder de voto é limitado a 10%. Em março, Lula afirmou que a iniciativa foi um “crime de lesa-pátria”.
"Agora veja a sacanagem… O governo tem 43% das ações da Petrobras [Eletrobras], mas no conselho só tem direito a 1 voto. Os nossos quarenta [por cento] só vale 1 [voto]. Quem tem 3% tem o mesmo direito do governo. Entramos na Justiça para que o governo tenha a quantidade de votos para a quantidade de ações que ele tem", disse o presidente.
O chefe do Executivo participou do lançamento do Plano Plurianual Participativo e da plataforma digital Brasil Participativo, em Salvador, nesta quinta. Na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) questionando pontos da privatização da companhia. O ministro Nunes Marques foi sorteado o relator da ação.
Lula ressaltou que o governo não vai "vender" ativos da Petrobras e dos Correios. "Não vamos vender mais nada da Petrobras, os Correios não serão vendidos. Vamos tentar fazer com que a Petrobras possa ter a gasolina mais barata, o óleo diesel mais barato”, afirmou.