O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (6) que pretende mudar a política de preços de combustíveis da Petrobras no futuro e “com muito critério”. A fala de Lula ocorre na esteira de declarações desencontradas sobre o tema entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Nesta quarta (5), Silveira criticou o PPI (preço de paridade de importação), utilizado pela estatal, e disse que o governo deve implantar o chamado de PCI (preço de competitividade interno). Logo depois, a Petrobras disse, em nota, que não havia recebido “nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia a respeito da alteração da Política de Preços”.

“Nós vamos mudar, mas com muito critério, porque durante a campanha eu disse que era preciso abrasileirar o preço da gasolina e do óleo diesel. O Brasil não tem por que estar submetido a PPI, não tem porquê. Mas esse é um problema que nós vamos discutir no momento certo”, disse o presidente durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

Desde 2016, a companhia aplica o preço de paridade de importação (PPI), vinculada ao mercado internacional, para definir o valor dos combustíveis. Lula afirmou que os novos critérios para uma eventual mudança na política de preços serão discutidos pelo governo depois do seu retorno de viagem à China.

“A política de preços será discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convocar o governo para discutir política de preços. Enquanto o presidente da República não convocar o governo para discutir política de preços, a gente não vai mudar o que está funcionando hoje”, ressaltou.