A um dia do anúncio da nova taxa básica de juros, que economistas esperam ser mantida a 13,75%, o Banco Central voltou a ser alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse, na manhã desta terça (21), que não pode trocar a diretoria do banco até o fim do mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, mas que pode “continuar batendo” para que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza a Selic.
“Não há nenhuma razão, nenhuma explicação, nenhuma lógica. Só quem concorda com os juros altos é o sistema financeiro que sobrevive e vive disso, e ganha muito dinheiro com as especulações”, afirmou em entrevista ao site Brasil 247.
Segundo o presidente, é um “absurdo” a manutenção da Selic no atual patamar em um momento que “não existe uma crise de demanda”.
“Existe excesso de demanda, temos 33 milhões de pessoas passando fome, desemprego crescendo, a massa salarial caindo”, completou dizendo, ainda, que nunca se importou com a autonomia do Banco Central, e que os presidentes da autoridade durante seus governos sempre tiveram independência.