O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (9) que a discussão sobre o novo marco fiscal, a reforma tributária e a revitalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia serão prioridades da equipe econômica no primeiro ano de governo. A declaração foi feita pouco depois de Haddad ser confirmado ao cargo pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O futuro ministro disse já ter em mente alguns nomes para a equipe econômica, mas que só começará a fazer os convites agora, após ter sido confirmado ao cargo. Sobre a preparação para assumir o Ministério da Fazenda, Haddad informou que a Prefeitura de São Paulo ganhou grau de investimento (selo de bom pagador) durante sua gestão.
“É só olhar o histórico e ver que a Prefeitura de São Paulo recebeu investment grade [grau de investimento], pela primeira vez, durante minha gestão. Quem não olha o histórico cai em fake news", disse Haddad, antes de deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.
Em relação à discussão sobre o novo marco fiscal, ele afirmou que o novo governo está obrigado a definir um substituto para a regra do teto de gastos após a aprovação, pelo Senado, da PEC fura-teto. "A [versão atual] da PEC dá um prazo para que a gente faça isso", disse. O texto aprovado no Senado estabelece até agosto do próximo ano para que o futuro governo envie uma nova regra fiscal por meio de um projeto de lei complementar.
O novo ministro ressaltou que a equipe econômica será "plural" e que será combinada junto com o Ministério do Planejamento, pasta a ser recriada e cujo titular ainda não foi anunciado. Haddad prometeu conceder uma entrevista na próxima terça-feira (13). Nesta quinta (8), o novo ministro da Fazenda reuniu-se pela primeira vez com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O encontro ocorreu fora da agenda oficial e só foi confirmado após o fim da reunião. Com informações da Agência Brasil.