A Marfrig anunciou que está vendendo até US$ 500 milhões em títulos chamados de “bônus de transição” voltados a empresas menos sustentáveis do ponto de vista ambiental, como as de petróleo, gás e carvão. A companhia brasileira, que é a segunda maior fornecedora mundial de carne bovina, com operações na América do Sul e nos EUA, quer com isso financiar projetos de mitigação de impactos socioambientais. As informações são da Agência Bloomberg.
Segundo a agência, a Marfrig está se comprometendo a usar os recursos dos green bonds (bônus verdes) para comprar somente gado proveniente de fazendeiros da região amazônica que cumpram critérios de não-desmatamento e de respeito às normas trabalhistas, entre outros. Um quinto do gado que a empresa abate vem da região amazônica.
O objetivo é reduzir a pegada dos gases de efeito estufa deixada com as operações da companhia, um dos principais calcanhares de Aquiles da indústria da carne. A pecuária também é apontada como um dos fatores para o aumento do desmatamento no bioma amazônico. A emissão de green bonds superou a casa dos US$ 100 bilhões somente no primeiro semestre deste ano – US$ 66 bilhões a mais do que no mesmo período do ano passado, de acordo com a Bloomberg.