O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (20) que as “medidas de arrecadação serão praticamente constantes” para que o governo consiga atingir as metas de superávit primário previstas no projeto do novo arcabouço fiscal.
Antes da apresentação do texto oficial, a proposta para a nova regra fiscal já havia sido questionada por economistas por trazer embutida uma previsão inequívoca de aumento de arrecadação nos próximos anos. Questionado sobre quais serão as medidas de arrecadação, o número dois da pasta afirmou que cada uma delas será discutida e só serão anunciadas quando estiverem “maduras”.
“Sim, e elas [iniciativas para incrementar a arrecadação] são praticamente constantes. Seria inadequado a gente lançar de chofre assim o que a gente está pensando em fazer para a frente. Cada uma dessas medidas, a gente vai discutir qual é a forma de comunicação quando elas estiverem maduras, porque elas envolvem a discussão com diversos atores”, disse Galípolo em entrevista ao jornal O Globo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já anunciou algumas das ações que o governo pretende tomar para reforçar as receitas da União para este ano. Entre elas, está a possibilidade de mudança na tributação de empresas, que segundo Haddad, pode incrementar a arrecadação em R$ 80 bilhões a R$ 90 bilhões. Além disso, o governo avalia a taxação de apostas esportivas eletrônicas e medidas de arrecadação relacionadas ao ICMS.