O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.| Foto: André Coelho/EFE
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, saiu em defesa, nesta segunda-feira (20), da instituição financeira e negou qualquer atrito com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele garantiu total lealdade e parceria” nas discussões sobre o novo arcabouço fiscal, mas que o banco de fomento estatal não vai omitir suas opiniões sobre o que considera melhor para o Brasil.

"Nós estamos aguardando o novo arcabouço fiscal. O ministro Haddad pode esperar de mim e do banco total lealdade e parceria, ao contrário das especulações que são publicadas. Nós não estamos aqui por outra razão. Não temos expectativa de substituir ninguém e nem de competir", discursou Mercadante no seminário "Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI", realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.

Mercadante também reforçou que “não é-o momento” para vender participações societárias. Segundo ele, a venda de ativos só deve ser feita em uma conjuntura de valorização.

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“O momento é uma crise internacional. As ações da bolsa, em geral, caíram, as economias mundial e brasileira nao conseguem fazer IPO [oferta pública de ações]. Se houver desinvestimento, faremos com toda prudência”, disse.

Outro ponto apontado pelo presidente do BNDES, é que o banco estatal não pode mais ser usado como fonte de financiamento do Tesouro. “Não é esse o papel do banco. É financiar a economia, o pequeno empresário, a indústria, o crescimento, a geração de emprego”, mencionou Mercadante.