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O mercado financeiro amanheceu tenso nesta quinta-feira (21) após o ministro da Economia, Paulo Guedes, defender uma revisão antecipada do teto de gastos - maior âncora fiscal do país - para viabilizar um aporte maior para o programa social Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família.
Com isso, o dólar comercial abriu em alta nesta quinta, R$ 5,659 - maior valor dos últimos seis meses. Às 9h48, era vendido por R$ 5,632.
O titular da Economia também aventou pedir "waiver", uma espécie de licença para furar o teto, de cerca de R$ 30 bi. Na prática, trata-se de uma renúncia da regra do teto de gastos, e permite que o governo gaste mais do que é previsto no teto de forma temporária.
A intenção do governo é pagar um benefício de R$ 400 para as famílias beneficiárias do Bolsa Família, antecessor do Auxílio Brasil. Parte dos recursos seria contabilizada dentro do teto e outra, fora, segundo disse o ministro da Cidadania, João Roma, sem entrar em detalhes, na quarta-feira (20).
Às 10h14 desta quinta, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), estava em baixa de mais de 2%, em 108.462 pontos.
