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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, voltou a cair conforme as impressões reunidas pelo Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. A projeção apontada no documento desta segunda-feira (26) é de que, ao final do ano, o IPCA fique em 5,88% contra os 6% que eram previstos na semana anterior. É a 13ª queda consecutiva da projeção.
Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3%, respectivamente.
Ainda que em queda, a previsão apontada para o ano está acima da meta que deve ser perseguida pelo Banco Central, de 3,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional. Considerando-se o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, os limites queixas o "alvo" entre 2% e 5%.
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que foi mantida no patamar de 13,75% na última semana. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que ela encerre o ano neste patamar. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,63% ao ano, respectivamente.
Outra melhoria esperada pelas instituições financeiras consultadas pelo BC é de elevação no crescimento da economia brasileira. A projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,67% (contra 2,65% indicados no Focus da semana passada). Para 2023, a expectativa é de crescimento de 0,5%. Já em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,75% e 2%, respectivamente.