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Depois de um período de trégua até a semana passada, o dólar retomou o movimento de alta frente ao real. No pregão desta segunda (28), a moeda americana subiu 1,12% e fechou cotada em R$ 5,23. Na máxima do dia, chegou a bater R$ 5,31, retomando o patamar do fim de novembro, quando o dólar começou a cair. No dia 10 de dezembro, a moeda americana estava em R$ 5,03.
Segundo analistas, no entanto, o movimento de ontem é resultado mais de questões técnicas do que de fundamentos econômicos. Os bancos, por exemplo, precisam fazer um ajuste de posições em dólar numa operação chamada de overhedge, que soma algo entre US$ 12 bilhões e US$ 15 bilhões. Também há as remessas internacionais que as multinacionais fazem para suas matrizes, o que também pressiona o câmbio.
O movimento ontem foi tão forte que o Banco Central (BC) teve de atuar no mercado para conter o avanço da moeda. No início da tarde, quando o dólar ultrapassou R$ 5,30, o BC anunciou um leilão de US$ 530 milhões no mercado à vista. O leilão teve taxa de corte de R$ 5,2620 e três propostas foram aceitas. Mais cedo, o BC havia vendido 16 mil contratos de swap (US$ 800 milhões). A atuação da autoridade monetária surtiu efeito e a moeda recuou.