O Ministério da Economia reduziu sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023. O crescimento econômico esperado pela pasta passou de 2,5% para 2,1%. A estimativa para 2022 foi mantida em 2,7%. Os prognósticos constam do Boletim Macrofiscal, publicado nesta quinta-feira (17) pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
Segundo o documento, a redução de 0,4 ponto porcentual na previsão para 2023 se deve a alterações no cenário externo, como o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos e a piora nas perspectivas para economias emergentes e desenvolvidas.
A revisão ocorre dias depois de a SPE publicar um estudo afirmando que o crescimento do ano que vem deve ser superior ao esperado pelo mercado financeiro. Segundo o mais recente boletim Focus, do Banco Central, a mediana das expectativas de bancos e corretoras aponta para uma expansão de 0,7% no PIB do ano que vem, ao passo que os cálculos da equipe do ministro Paulo Guedes citados naquele estudo indicam algo entre 1,4% e 2,9%.
A SPE também alterou as projeções para a inflação. A expectativa para o IPCA de 2022 baixou de 6,3% para 5,85%, devido a "redução dos preços administrados, menor pressão dos bens industriais e alimentos e estabilização dos preços de serviços". A projeção para 2023 foi ligeiramente elevada de 4,5% para 4,6%.