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O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, afirmou que está debatendo internamente a possibilidade de rever a contratação obrigatória de usinas termelétricas abastecidas com gás natural que está prevista na lei que autorizou a privatização da Eletrobras no ano passado. A pretensão foi apresentada em uma audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta (3).
A obrigatoriedade da contratação de 8 gigawatts (CW) de energia térmica foi determinada por um dispositivo na lei que permitiu a privatização da estatal, prevendo a construção de usinas em locais sem infraestrutura de abastecimento, como gasodutos para transportar o gás natural necessário.
A construção pode elevar as contas de luz, de acordo com especialistas, além de significar uma interferência no planejamento energético do país. Silveira disse que, além dos custos, a lei é um retrocesso na política de sustentabilidade.
“Uma das coisas que para nós está bastante claro é que, com o avanço da energia limpa e renovável no Brasil, precisamos garantir a segurança energética com as termelétricas e as hidrelétricas que têm pulmão hídrica. O custo benefício para o consumidor é maior se nós diminuirmos os investimentos em térmicas e estimularmos os investimentos em hidráulicas e renováveis”, disse em registro do O Globo.
O ministro disse, ainda, que levou a discussão do Ministério aos deputados por conta do que ficou decidido durante a tramitação da lei, um “assunto técnico e político”. Ele também foi questionado sobre a posição do governo de rever a privatização da Eletrobras, o que já foi sinalizado como um desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Silveira não confirmou, mas disse que está tendo “mão firme” no plano de investimento da companhia.