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Trabalho e Emprego

Ministro volta a defender fim do saque-aniversário do FGTS: “Problema é dos bancos, não meu”

Para o ministro Luiz Marinho, o saque-aniversário do FGTS, modalidade que permite o resgate anual de parte do valor depositado nas contas do fundo, deixa os trabalhadores “na rua da amargura” e “cria um trauma”. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.)

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), voltou a defender nesta quinta-feira (19) o fim do saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo ele, a modalidade que permite o resgate anual de parte do valor depositado nas contas do FGTS deixa os trabalhadores “na rua da amargura” e “cria um trauma”. As declarações foram feitas durante entrevista para a Folha de S.Paulo.

“O saque-aniversário esvazia, enfraquece o fundo, e cria um trauma. Trabalhadores me ligam, mandam mensagem, dizendo: olha, acaba com esse saque-aniversário, porque entrei nesse engodo. Quem é demitido não pode sacar o saldo. Deixa o trabalhador na rua da amargura no momento em que ele mais precisa sacar. Ele é opcional, mas está errado”, afirmou Marinho.

Segundo ele, a decisão de acabar com o saque-aniversário é pensada para proteger o trabalhador, não o banco. Algumas instituições bancárias oferecem empréstimos com o saldo do saque-aniversário do FGTS como garantia. Questionado sobre os milhares de trabalhadores que aderiram a esse tipo de contrato de empréstimo, o ministro disse não ser um problema dele.

"Problema é dos bancos, não é problema meu. Ninguém mandou emprestar" afirmou. “Estou preocupado com os trabalhadores, não com os bancos. Evidente que nós vamos precisar levantar o volume que existe (de empréstimos). Não vamos fazer uma medida que crie um eventual trauma na economia. É nesse sentido que falo aos bancos que não se preocupem. Agora, muito provavelmente os bancos podem encontrar um jeito de segurar a onda”, disse Marinho.

No início do ano, Marinho já havia declarado que o governo pretendia acabar com o saque-aniversário do FGTS, porém, um dia depois, voltou atrás e afirmou que a continuidade da modalidade seria debatida. A declaração gerou um desgaste dentro do governo.

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