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Mourão sugere criação de fundo para amortecer aumentos na Petrobras

Mourão
O vice-presidente, Hamilton Mourão. (Foto: Adnilton Farias)

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, atribuiu nesta segunda-feira (22) a demissão de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras "talvez, à falta de comunicação" com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Para conter as variações, Mourão sugeriu a criação de um fundo soberano com base nos royalties do petróleo para ser utilizado a fim de amortecer aumentos. Atualmente, os recursos são repartidos entre Estados e municípios.

Castello Branco deixa o posto após reiteradas críticas de Bolsonaro à política de preços da empresa, que realizou novo reajuste nos combustíveis na última quinta-feira (18). O vice-presidente da República disse não ver na demissão uma "forma de intervir nos preços, até pela própria legislação que rege a companhia".

Segundo Mourão, não houve interferência na estatal uma vez que a troca na presidência da petroleira estatal está "dentro das atribuições do presidente". "O mandato do Roberto terminava em 20 de março e poderia ser renovado ou não. A decisão é não renovar", argumentou Mourão.

O mercado reagiu mal, após a demissão de Castello Branco ter sido anunciada. Para o vice-presidente, o movimento é especulativo. "O mercado é rebanho eletrônico. Nego sai correndo para um lado, daqui a pouco eles voltam correndo de novo. Não vejo que vá prejudicar demais isso daí", afirmou Mourão. "Daqui a pouco volta tudo, principalmente porque o novo indicado Silva e Luna é um camarada extremamente preparado. Basta acompanharem o trabalho que ele fez em Itaipu", completou.

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