O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), retirou a Medida Provisória (MP) 1.000 da pauta da Casa nesta sexta-feira (18). Havia um pedido dos partidos de esquerda para que o texto, que trata do auxílio emergencial, fosse votado na Câmara. A retirada de pauta era do interesse do governo, já que, se a MP não for votada, o auxílio emergencial deixa de ser pago a partir de janeiro de 2021.
O texto havia sido inserido na pauta depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuiu a Maia a caducidade de outro texto, que estabelecia o 13º salário do Bolsa Família. O texto, entretanto, não foi votado pelo Congresso a pedido do próprio governo, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o líder do Executivo, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Em discurso na sessão desta sexta (18), Maia chamou Bolsonaro de "mentiroso", mas afirmou que eventuais alterações na MP do auxílio emergencial podem ter impactos negativos nas contas do governo.