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O presidente Jair Bolsonaro terá que encontrar justificativas técnicas para decidir se a tecnologia 5G no Brasil não terá a participação da fornecedora de equipamentos e redes chinesa Huawei. Representação proposta ao Tribunal de Contas da União, de autoria do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, quer que a corte de contas discuta os aspectos geopolíticos do tema para evitar que o país seja influenciado apenas pela proximidade entre Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na representação, o subprocurador-geral sustenta que qualquer decisão sobre o assunto precisa ter "critérios técnicos e concorrenciais claros", para evitar "incertezas e inseguranças jurídicas que podem prejudicar a finalidade precípua da licitação e o seu objetivo último, que é a prestação de adequado serviço à população". Na quinta-feira (3), em transmissão semanal nas redes sociais, Bolsonaro disse que a decisão sobre os equipamentos que serão utilizados para prover o sinal no país será dele. "Não é terceiro, ninguém dando palpite por aí, não. Eu vou decidir o 5G", disse.