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Conflito de interesses

MP junto ao TCU pede que Pires não assuma Petrobras antes de investigação

Adriano Pires Petrobras
Especialista em petróleo e gás, Adriano Pires foi indicado pelo governo para presidir a Petrobras a partir de 13 de abril. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu à Corte que o economista Adriano Pires não assuma a presidência da Petrobras antes de uma investigação sobre eventual conflito de interesse na estatal. O subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Furtado, cita na ação um possível conflito referente a Pires "tendo em vista sua atuação na iniciativa privada, a lançar dúvidas sobre a possibilidade ética e legal de vir a assumir a presidência da Petrobras", informou o Estadão/Broadcast.

O economista foi indicado pelo governo para substituir o general Joaquim Silva e Luna no comando da petroleira nesta semana. O Conselho de Administração irá analisar a indicação no próximo dia 13. Segundo Furtado, Pires "mantém relações econômicas de caráter privado com diversas empresas nacionais e internacionais que se relacionam com a Petrobras".

O subprocurador solicitou que o TCU determine que a investigação seja conduzida pela Petrobras, da Controladoria-Geral da União e da Comissão de Ética da Presidência. Ele também pediu que a Corte de contas investigue suposta "ingerência indevida" do governo na estatal.

Na representação, Furtado cita que Pires já foi investigado pelo TCU quando foi escolhido para integrar o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) por ser sócio, fundador e dirigente da instituição de consultoria privada Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Na época, Pires pediu dispensa da função de membro do CNPE.

"Revelam, a meu ver, um quadro de extrema gravidade para a necessária isenção que se espera de um futuro dirigente da maior empresa brasileira, exigindo que sejam previamente e cabalmente afastados quaisquer riscos de conflito de interesses, que podem ser extremamente perniciosos para a Petrobras e para a própria economia nacional, mediante o possível uso de informações privilegiadas por detentores de altos cargos, de modo a favorecer alguns agentes do mercado, em detrimento de outros", escreveu Furtado no despacho.

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